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Júlio Verne



Foi no dia 8 de fevereiro de 1828, que nasceu Jules Gabriel Verne (Júlio Verne), que ficaria conhecido como o pai da Ficção Científica. Das invenções que situou no futuro ele também previu os malefícios e condenou o mau uso feito delas.

Sua visão de progresso foi talvez otimista demais, mas o progresso que profetizou devia necessariamente levar à melhoria da condição humana, à diminuição dos esforços físicos, à eclosão da felicidade. Para Verne a ciência é o movimento incessante que parte do homem e a ele retorna com um provisão de conhecimentos de imagens e de sonhos. Como grande idealizador de coisas do futuro, poucas são as maravilhas do século XX que esse homem da era Vitoriana deixou de prever:

A mais conhecida, com certeza foi a embarcação Nautilus, do livro Vinte Mil Léguas Submarinas (1870) que supera tudo o que se imaginava em matéria de engenharia naval, tinha um corpo perfeitamente hidrodinâmico com 70 metros de comprimento e 8 metros de diâmetro. A quilha era de dupla camada, podendo ser enchida ou esvaziada por poderosas bombas. A tripulação respirava ar comprimido, armazenado em cilindros de metal. Uma câmara estanque possibilitava aos mergulhadores entrar e sair do Nautilus, mesmo submerso. E janelas de observação permitiam fotografar a vida debaixo da água. Tudo igual a um moderno submarino.

No livro Á Roda da Lua (1870), ficamos maravilhados com a descrição do que seria o Laser ou Radar: "...Acrescentou que mediante o envio de raios luminosos agrupados em feixes por meio de espelhos parabólicos podia-se estabelecer comunicações diretas. Na verdade, esses raios seriam tão visíveis em Vênus ou em Marte como o planeta Netuno é na Terra. E terminou dizendo que os pontos brilhantes já observados nos planetas próximos podiam muito bem ser sim sinais enviados a Terra..."

Depois que os americanos chegaram à Lua, em julho de 1969, os cientistas ficaram espantados, porque parecia que Verne havia descrito 104 anos antes, o vôo dos astronautas na Apollo 11. Tanto a Apollo como a cápsula de Verne levavam três tripulantes. As dimensões das duas cápsulas eram aproximadas: a concha de alumínio, em forma de bala, de Verne media 4,8m de altura e 2,7 de diâmetro; a Apollo media 3,7m de altura e 3,9 de diâmetro.

Os locais de lançamento foram quase idênticos: Verne escolheu um lugar na Flórida a aproximadamente 27 graus de latitude; Cabo Kennedy, de onde subiu a Apollo, também fica na flórida, na latitude de 28 graus. A viagem da ficção durou 97 horas, 13 minutos e 20 segundos. Os astronautas americanos levaram 103 horas e 30 minutos para chegar à Lua. Antes do pouso, as duas cápsulas circularam a Lua diversas vezes, tirando fotografias e observando a superfície do satélite. Os homens de Verne chegaram a traçar um mapa do mar da Tranqüilidade, onde Armstrong e
Aldrin fariam seu passeio.

E, finalmente, ambas as cápsulas, de volta à Terra, desceram no oceano Pacífico. Júlio Verne teria se surpreendido com a exatidão impressionante de suas previsões? É possível que não, pois já havia dito que "para os americanos, a Lua não está muito mais longe que o Texas". Júlio Verne imaginou um colossal telescópio, colocado em Long's Peak, nas Montanhas Rochosas, nos Estados Unidos , a fim de acompanhar o vôo de sua cápsula para a Lua. A sua concepção não se afastou demasiadamente de um dos poderosos rádio-telescópios que a NASA instalou com a mesma finalidade.

Júlio Verne escreveu sobre as maravilhas do futuro com tamanha riqueza de detalhes que aqueles que mais tarde foram inspirados por ele, prazerosamente lhe renderam homenagem. Ao regressar de seu vôo ao Pólo Norte, o almirante Byrd declarou que seu guia fora Júlio Verne. Simon Lake, pai do submarino, escreveu no começo de sua autobiografia: "Júlio Verne foi o supremo orientador de minha vida". August Picard, aeronauta e explorador da profundezas do oceano, Marconi, celebrizado pela invenção do telégrafo sem fio - este e muitos outros confessam que Júlio Verne foi o homem que impulsionou seu pensamento. Lyautey, o famoso marechal de França, disse uma vez na Câmaras de Deputados, em Paris, que a ciência moderna se limitava a traduzir em realizações práticas o que Verne imaginara.

Júlio Verne morreu em 1905. Das milhares de palavras de louvor, as que Júlio Verne provavelmente mais teria apreciado foram estas duas frases de um jornal parisiense: "O velho contador de histórias morreu. É como a morte de Papai Noel". Júlio Verne foi um autor que assistiu à realização de suas fantasias, e dizia com naturalidade:

"Tudo o que alguém é capaz de imaginar, outro homem pode fazer".

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